E o mundo continua a girar, mil vezes a velocidade da luz se contarmos o tempo das partículas relacionado ao tempo geológico.
Mas eu continuo com essa insistente sensação de que não saí do lugar...
E enquanto eu me submeto aos tão insistentes quanto essa, esses pernilongos, embaixo da mesa fazem a festa se nutrindo do meu dna.
E o tempo não para, não para de fazer meu mundo girar, torcendo cada vez mais apertado a corda agarrada no meu pescoço, sufocando minha vida de dentro para fora e vice-versa, enquanto eu tento me soltar para realizar o triste fato antes do triste fim: a razão, da vida, do universo e tudo mais...
É tudo algo muito, muito inútil.
Sem tempo pra pensar, agora, nesse relapso de criatividade e coragem, onde consigo algum controle sobre mim, (superando as intempéries do sono, dos pernilongos, das formigas me escalando, e de tudo que eu tinha que ter feito na falta de tempo e no calor que esta fazendo aqui), escrevo esse texto não planejado, espontâneo e quase desesperado, como mais um último aceno de socorro, no meu breve momento de ar sob a superfície dessa louca vida cotidiana, desse louco mundinho escroto, dessa vida inútil e essa rotina sem sentido, no qual, as vezes quando me vem a lembrança do pensamento sobre o fato de que, não importa o que façamos, não importa o que criemos, ou para que existamos, isso se um dia mesmo existiu pra isso um propósito, ele já era, e agora não passamos de seres inúteis presos à inércia de uma rotina de um sistema completamente inútil e tão sem propósito, que se alguém parasse realmente para pensar, somente a possibilidade de sua existência sob essas condições, já seria a mais fatal das ofensas.
E sem contar, que talvez muitos nem mais se lembrem, mas tudo começou quando eles foram criados pela nossa vontade de necessidade de controle de tudo ao nosso redor, que acabamos controlando tanto que perdemos o controle sobre nós mesmos e agora somos uma mera besta desenfreada em direção ao próprio abismo de onde surgiu. Isso definitivamente, Sras. e Srs., não é evolução.
Quando eu me vejo amanhã acordando com sono, irresponsavelmente despreparado e desprotegido do mundo cotidiano que eu terei de enfrentar la fora durante o dia todo, e todos os outros dias da minha vida, por causa do ímpeto subversivo e irracional de gastar meu tempo e resolver escrever esse texto, já sabendo quais serão minhas irremediáveis e severas punições, quando mundo vier antes disso me julgar e me fazer prestar contas às consequencias, porém sem querer saber sequer da minha razão, e eu diante do seu tamanho e poder imenso e sua forma envoltora, pequeno, ínfimo e fraco, vou manter meu olhar nos olhos do horizonte, e mesmo se me ameaçarem ou rirem de mim, eu vou manter minha cabeça sem preocupações, pois não importa o que disserem, nem os castigos nem os perigos que possam me ameaçar, eu manterei minha pior arma contra todas as ofensas escondidas atrás do meu sorriso. E caso meu sorriso não os encantar, eis minha opinião: Eu não me importo.
E não importa quantas gerações de Batmans para proteger esse mesmo sistema inútil, inerte e corrompido existir, eu sempre perseverarei. Afinal, pois o que vocês pessoas escravas de seus destinos desvinvulados de real propósito não percebem, é que eu sou, realmente não apenas um humanista, e talvez o ultimo humanista, como o verdadeiro herói, e talvez além disso, o último ser com um propósito digno a tal: libertá-los de vós mesmos, e isso que voces criaram para chamar de pronome possessivo, conhecido como "Eu", mas que na verdade não passa só de uma farça. Vocês me conhecem, mas eu conheço vocês ainda melhor, até mesmo que vocês.
Não percam seu tempo continuando essa grande merda, vocês não vão conseguir me deter.
Minha pior arma, a pior de todas que está atras desse sorriso que vocês veêm, é exatamente uma mistura de vocês.
Eu sou
O Coringa.
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