Maquina do medo.

'O homem tem medo.
Mas nao qualquer medo, pois na quantidade que o homem tem medo, poderia-se concluir entao, que os animais em comparacao chegariam a um nivel de medo nenhum, de tao infimo.
O medo do homem, com o avanco da consciencia, passou de ser necessario...
Deixou de ser defesa, para ser pedador; deixou o proposito da autoconservacao, da vida, da carne, para criar vida propria e sair andando por ai, sosinho, tentando quaisquer homens e mulheres, pequenos ou grandes; multiplicou-se, ampliou-se, e hoje esta no cerne da existencia humana. Hoje, o homem nao vive mais sem medo, nao para se proteger, nao e esse medo que eu estou falando, esse medo que e genuino de todos os seres vivos; estou falando do medo do homem, a evolucao do medo e do temor, da luxuria.
O medo do homem, evoluiu junto com sua inteligencia, passou os limites do inconsciente e, ao contrario do homem, deixou a necessidade de ter causa ou razao para ser ou existir, ele se cria e mora na mente dos homens, e fazem de sua mente infinita, seu palacio e reina absoluto, soberano, onipresente, eu seu fantoche mecanico de carne e osso.
O medo deixou de existir para os homens viverem, e por complascencia do homem, hoje ha o contrario: os homens deixaram de viver pelo medo.
Pois os homens passaram a dar a razao de suas vidas a coisas igualmente mundanas, como as paixoes. E esse ser, entao ignorando a parte deus em sua consciencia que lhe cabe, e acatando imposicoes de seu lado primitivo, tornou deste impecilio o calcanhar de aquiles em sua existencia. As paixoes do homem, trazem a principio o medo de perder. Mas como o medo nao gosta de pensar, somente de reagir, tambem nao esclarecem nada a mente sobre o que se deve fazer ao ganhar. Ao inves disso, apela ao ego, lancando mao na luxuria mais uma vez, transformando sua maquina de medos momentaneamente em um ser humano feliz e contente, porem cego, que assim que o momento de regozijo passar, deixara o homem que teme desolado, e agora ainda mais inumeramente temeroso, por sua vida, seu destino, seu futuro, seu passado e presente.
E o medo de perder fara morada em sua mente, alimentando-se de suas paixoes de gloria, fazendo-o apegar-se a aquilo que tem, e sem sabedoria, perder tudo as vezes, ate de uma unica vez.
Com medo de tudo, o homem fragmentou sua existencia, separando-se primeiro da natureza, depois de outros homens. O medo do mundo fez o homem criar tecnicas e tecnologias para sobrepujar seu sentimento de infimidade perante forcas de maior proeminencia em seu ambiente, ate que isso criasse medo no homem de si mesmo. Dai entao, o homem criou regras para ele mesmo seguir, tentou organizar seu medo. Essas regras evoluiram, e hoje seu conjunto sao chamados de sistema.
Os sistemas evoluiram, e se multiplicaram junto com as regras a medida que o medo cresceu e se multiplicou, e hoje tudo que remete a vida do homem esta fragmentado, separado, organizado e reorganizado, mas mesmo assim com tantas regras ditando a existencia - nao mais do homem, mas apos esse se provar (pelomenos a si mesmo), tao forte como as forcas da natureza que o criou - do mundo que ele tambem habita, mesmo assim, os sistemas nao conseguiram realizar seu principio de organizadamente dar cabo dos medos do homem, muito menos de suas consequencias.
Mas sim, organizou, identificou, e colocou cada medo ou fragmento separado em uma caixinha, e cada caixinha em uma gaveta, e cada gaveta fichadas por nome, tipos, cor, numero e qi, tudo dentro da mente dos homens, em inumeras sessoes lotadas de arquivos.
As vezes o homem se ve aprisionado e pressionado pelo seu proprio sistema de medo, tao perfeitamente planejado e organizado, e temeroso por sua liberdade entao, tenta modifica-lo.
Porem o sistema volta automaticamente a reorganizar-se, pois o homem insiste em ainda ter medo a fornecer-lhe como alimento, e todo tipo de paixoes, para alimentar o ultimo, assim que o homem passou a depender do sistema.
O homem nunca vai conseguir mudar o sistema. E nem precisa.
O homem tem de mudar a si mesmo, em sua mente.
E o sistema? Foda-se, que ficara de lado, obsoleto, a ser engolido pelos poderes do tempo.'




(Post dedicado a minha vo, que esteja agora em um lugar sem diferencas, sem medos, sem paixoes, pressoes, ou opressoes. Livre, a liberdade e a paz infinita!
Saudades do feijao, e do nhoque... Se houver reencarnacao, aconselho-te a nascer no butao, e um pais. La todo mundo e budista, mas nao so por isso, o povo parece legal pra caramba! ;)
Manda lembrancas pro vovo e pra laika pra mim, ta!)

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(EI VOCE!) Peco um minuto da sua atencao e tres (6, se a sua rede for NET)do seu apoio para divulgar apenas 01 site: http://www.anda.jor.br/
Peco que repassem para seus amigos pelos tantos meios sociais que vc tiver na web ou na sua vida, emfim. E de extrema importancia a sua ajuda, a favor da vida, e ela agradece...
...E eu tambem, muito obrigada!!! ;)