Fantasmas rondam minha sala
A culpa e minha por deixar a porta aberta
Rondam minha casa. Aparecem e desaparecem
A medida da sua vil vontade
Mesmo a cada pingo de lagrima que as vezes tentam derramar pelo passado
Nao passa de pingos de acido que me corroem e ferem
E tempo de escolhas e ha muito sei
Fui avisada nos sonhos e pesadelos que passei
Pretendo entender e aplicar a licao entao
Ou fantasmas continuarao a assombrar os cercados dessas paragens,
abandonadas por mim, ao frio, ao passado e relento
Ha tempos e so agora retornando onde ate as aranhas ja deixaram pra tras pra recolher pequenas moedas que deixei cair mas que faltam no saldo total da conta que hoje tento pagar, de tudo que podia ter feito, deixei e nao fiz.
Para que o bolso do presente nao usurpe do futuro olhei pra tras e voltei a velha casa na campina tentando tirar algo que ainda me renda algum valor de la...
...Porem ate entao, so poucas moedas, muitos sustos terriveis e fantasmas famintos.
Por mais que me preparei para esse momento,
O susto de hoje chegou a abalar.
Nao vou chorar, nao vou chorar...
Ja chorei isso ha muito tempo atras.
Por que agora? Nao tem volta.
Com um minimo de sobriedade e calma que o envelhecer me tras, me agarrarei a mim mesma e nao a porta.
Enfrentarei como nobre senhora, o medo das aparicoes que me assombram por aqui.
Nao vou chorar, nao vou chorar...
Focar, focar, em melhorar.
...Acho que vou tomar um ar na janela e vai passar.
(Hei de perdoar, perdoa-los todos...
Porque eu mereco paz! Mas nao consigo so deixar pra tras, e e ainda os olhar. Tenho que encontrar coragem para deixar o passado como esta, que mesmo pior pior que foi nao ha como mudar, e apagar contatos. Definitivamente.
Eu tenho, eu tenho...)
